(Primeiro Arquitecto do Mosteiro da Batalha)
Tenta negar-se
a minha identidade
mas foi a mim
mas foi a mim
que el-Rei mandou
que gravasse,
na relativa eternidade
da pedra,a glória que Portugal
então alcançou.
Delineei a obra
que não completei.
Outros a continuaram
e, em cada época, acrescentaram,
ao meu projecto inicial,
os projectos que os novos tempos
ditaram.
Obra de génios, colectiva,
quantas vidas não teria de viver
para, sozinho, a erguer?
(Poema retirado do livro “GESTA” (2008)– Versos de José Travaços Santos e publicação gentilmente autorizada pelo autor à Associação de Lanceiros)